ADOLESCÊNCIA E INFORMAÇÃO SEXUAL

 

SEXO NA ADOLESCÊNCIA, MELHOR INFORMAR

 

Para muitas pessoas, o ideal mesmo é evitar ou retardar ao máximo o início da atividade sexual quando o jovem ainda está na fase da adolescência, atitudes mais providentes para diminuir os riscos de gravidez precoce ou a contaminação por DSTs. Em não sendo possível, torna-se necessário dar aos jovens a orientação necessária para que desfrutem a sexualidade com segurança e de forma saudável. Quanto mais informados, melhor será a vivência dessa sexualidade, sem culpas e com prevenção.

 Conforme informações da Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), estudo recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que 22% dos adolescentes iniciam a atividade sexual aos 15 anos de idade. Esse dado consta na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2009.

O mesmo estudo apontou que a iniciação sexual precoce está associada ao não uso, ou uso inadequado de preservativos e suas consequências (gravidez precoce, DST/Aids).

Tal precocidade no início das relações sexuais dos adolescentes leva à seguinte reflexão: até que ponto pais e responsáveis estão preparados para discutir questões relativas à sexualidade com os filhos?

“Até que ponto pais e professores estão preparados para discutir questões relativas à sexualidade com os filhos e alunos? ”

Dados da PeNSE 2009 mostram que 30,5% dos estudantes já tiveram relação sexual alguma vez. A porcentagem do sexo masculino foi de 43,7% frente aos 18,7% do sexo feminino (para o conjunto das capitais e o Distrito Federal). Nas escolas públicas foram constatados mais alunos que já iniciaram a sua vida sexual (33,1%) comparados aos das escolas privadas (20,8%). Ratificando as diferenças entre o comportamento sexual de meninos e meninas, a Pesquisa sobre Comportamento, Atitudes e Práticas Relacionadas às DSTs e Aids (PCAP-2008) do Ministério da Saúde, divulgada em dezembro de 2009, detecta que a vida sexual dos meninos começa mais cedo – 36,9% tiveram relações sexuais antes dos 15 anos. Já entre as meninas, esse índice cai para menos da metade (17%).

 RISCO DE CONTAMINAÇÃO

Quanto à prevalência de DSTs entre adolescentes não há informações, mas sabe-se que o número de casos notificados está bem longe de representar os números reais. Na esfera social, o nível escolar inferior e o socioeconômico estão associados a essas doenças e esse comportamento.

No que diz respeito à infecção pelo HIV, os dados que integram o relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), divulgado no final de 2009, mostram que a tendência de contaminação de mulheres e pessoas cada vez mais jovens pelo vírus é mundial. Crianças e adolescentes com menos de 15 anos somam 2,1 milhões de infectados. Em 2008, 430 mil pessoas nessa faixa etária foram contaminadas e o número de mortes de crianças e adolescentes em consequência da doença chegou a 280 mil. No Brasil, a grande preocupação do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde são as meninas entre 13 e 19 anos.

As adolescentes e jovens brasileiras são mais vulneráveis ao contágio da Aids que os meninos de igual faixa etária. Segundo o último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, também divulgado no final de 2009, foram registrados mais casos da doença nas meninas entre 13 e 19 anos em relação aos meninos, desde 1998. Atualmente, a cada oito meninos infectados existem 10 casos de meninas. Antes, a proporção era de 10 mulheres para cada grupo de 15 homens.

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